sábado, 1 de junho de 2013


Carta de Amor de um Químico
 
 
Berílio Horizonte, zinco de benzeno de 2013.
 

Querida Valência:
               Sinto que estrôncio  perdidamente apaixonado por ti. Ao deitar-me, quando descálcio meus sapatos, mercúrio no silício da noite, reflito e vejo que sinto sódio. Então, desesperadamente, chouro.
            Sem ti, Valência, minha vida é um inferro. Ao pensar que tudo começou com um arsênio de mão, cloro de vergonha. Sabismuto bem que te amo, embora não o digas, sei que gostas de um tal de Hélio e também do Hidro-Eugênio. De antimônio posso assegurar-te que não sal nenhum érbio e que trabário para viver. Oxigênio cruel tu tens, Valência! Não permetais que eu cometa algo errádio.

            Por que me fazer sofrer tanto assim, sabendo que tu és a luz que me alumina? Meu caso é cério, mas não ácido razão para um escândio social.

            Eu soube que a Inês contou que te embromo com esse namouro. Manganês, deixa de onda e não acredita niquela disser, pois sabes que nunca agi de modo estanho contigo. Aliás, se não tiveres arranjado outro argôniomento, procura um Avogadro e me metais na cadeia. Lembra-te, porém, que não me sais do pensamento.

            Abrácidos comovidros deste que muito te ama.
     Magnésio

5 comentários:

  1. Náo devia estar com atenção e deixei o comentário anónimo

    Até logo

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  2. Custou mas está virando uma coisa gostosa.

    Me publica uma constelação tá?

    beijinhos

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  3. Não está nada mal... mas prefiro cartas de amor de físicos ! São mais reais, mais mensuráveis, com muita gravidade, muito magnetismo, muitas interações fortes e fracas !
    Continue !

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